Ryan Gosling
Kristin Scott Thomas
Vithaya Pansringarm
Visualmente hipnótico, banda sonora operática e megalomana, as virtudes técnicas a roçar a perfeição, poderiam fazer de Only God Forgives, uma obra-prima, não fosse a impenetrabilidade das suas personagens e o minimalismo extremo da história que polariza as opiniões de todos que visionam este filme. Há quem veja em Only God Forgives uma obra superior, cheia de analogias e significados que requer várias visualizações para ser correctamente interpretado, outros criticam o minimalismo narrativo e classificam-no como um claro caso de style over matter.
A sensação é que apesar de desconcertante, Only God Forgives parece um filme demasiado precipitado, uma obra cuja razão de ser surge principalmente para capitalizar a parceria Refn-Gosling, depois da aclamação critica e da aceitação pública de Drive. Formalmente parecido a Drive, a grande diferença reside que enquanto que em Drive nutre-se empatia pelas suas personagens, em Only God Forgives a empatia dá lugar à indiferença. e caso Refn tivesse investido mais em revelar algo mais sobre as personagens e desenvolver este mundo politicamente incorrecto, talvez estivessemos perante um filme diferente e não tão frustrante.
A dedicatória a Jodorowsky e a Gaspar Noé é óbvia. Crystal de Kristin Scott Thomas, uma figura egoísta e hedónica, desligada dos seus filhos parece saída directamente de um filme de Jodorowsky, bem como a violência crua e estilizada seriam facilmente confundiveis com o realizador de Gaspar Noé, se bem que na cena fulcral do filme ( a tortura no bar de karaoke) parece citar Reservoir Dogs ou the Killing.
Referencias aparte não chegam para tornar este filme numa experiência absolutamente satisfatória ou intrigante sequer. Only God Forgives acaba por resultar num espectaculo díspar, bonito por fora e oco por dentro, num exercício demasiado austero para ser relevante.
Vithaya Pansringarm
Visualmente hipnótico, banda sonora operática e megalomana, as virtudes técnicas a roçar a perfeição, poderiam fazer de Only God Forgives, uma obra-prima, não fosse a impenetrabilidade das suas personagens e o minimalismo extremo da história que polariza as opiniões de todos que visionam este filme. Há quem veja em Only God Forgives uma obra superior, cheia de analogias e significados que requer várias visualizações para ser correctamente interpretado, outros criticam o minimalismo narrativo e classificam-no como um claro caso de style over matter.
A sensação é que apesar de desconcertante, Only God Forgives parece um filme demasiado precipitado, uma obra cuja razão de ser surge principalmente para capitalizar a parceria Refn-Gosling, depois da aclamação critica e da aceitação pública de Drive. Formalmente parecido a Drive, a grande diferença reside que enquanto que em Drive nutre-se empatia pelas suas personagens, em Only God Forgives a empatia dá lugar à indiferença. e caso Refn tivesse investido mais em revelar algo mais sobre as personagens e desenvolver este mundo politicamente incorrecto, talvez estivessemos perante um filme diferente e não tão frustrante.
A dedicatória a Jodorowsky e a Gaspar Noé é óbvia. Crystal de Kristin Scott Thomas, uma figura egoísta e hedónica, desligada dos seus filhos parece saída directamente de um filme de Jodorowsky, bem como a violência crua e estilizada seriam facilmente confundiveis com o realizador de Gaspar Noé, se bem que na cena fulcral do filme ( a tortura no bar de karaoke) parece citar Reservoir Dogs ou the Killing.
Referencias aparte não chegam para tornar este filme numa experiência absolutamente satisfatória ou intrigante sequer. Only God Forgives acaba por resultar num espectaculo díspar, bonito por fora e oco por dentro, num exercício demasiado austero para ser relevante.
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