de Chan Park Wook
Kang-ho Song
Ok-bin Kim
Hae-suk Kim
O que existe em Park Chan-wook que o torna tão especial? A meu ver é a sua atracção pelo burlescoaliado a a um erotismo romântico. Quem vir o filme percebe a razão destes adjectivos que porventura existiam também em Old Boy, se bem que de uma forma mais coesa que em Thrist.
Thrist é uma história de um padre que é transformado em vampiro depois de se ter submetido a uma experiência médica. Nessa experiência ele morre humano e renasce vampiro. A sua personagem é uma personagem bondosa que é obrigado a ceder aos seus impulsos carnais. Essa cedencia surge com a introdução de uma família que fazia parte da sua infância. Nela Tae-ju a sua paixão de infância está casada com o seu amigo e é submetida a humilhações pela sua sogra e mãe adoptiva.
Estas relações disfuncionais e excentricas são um terreno comum no mundo do cineasta. Nota-se o seu fascinio por estas relações disfuncionais que evoluem primeiramente de uma forma subtil para depois ser exagerado e desiquilibrado.
Chan Park-Wook filma isso de forma eficaz até a primeira metade do filme, porém perde as estribeiras na segunda metade dando lugar a um filme que vai perdendo o seu fio narrativo, a sua coerência talvez devido a uma personagem desiquilibrada. Se calhar era o efeito pretendido pelo realizador, porém a elegância da descoberta vai dando lugar ao grotesco e ao excesso. Mas no meio de toda esta experiência de extremos não podemos deixar de ficar indiferentes e seduzidos pela forma como Chan Park-Wook conduz este épico vampírico. Da sedução, surge o amor, do amor surge a obsessão, depois o confronto e quando o julgavamos perdido, o amor ressurge novamente. E nesse momento em que o filme renasce das cinzas vemos que apesar de todos desequilíbrios foi uma experiência estranhamente atraente e quando menos se espera perdoamos todos os desvaneios que as personagens poderão ter tido, para poderem ter a sua redenção.
Sem comentários:
Enviar um comentário