domingo, 15 de setembro de 2013

Cosmopolis (2012)


de David Cronemberg
Robert Pattinson
Paul Giamatti
Kevin Durand
Juliette Binoche

Que dizer de Cosmopolis, um filme que foi considerado por muitos da imprensa portuguesa, como um dos melhores filmes deste ano? É dos filmes mais seilf-absorved que vi nos ultimos tempos. O filme tem como figura central Eric Parker, o cosmos de Cosmopolis, um bilionário de 28 anos que durante um dia enquanto faz a viagem ao barbeiro, encontra alguns dos seus assistentes, a sua amante, a sua mulher e ainda tem direito a uma consulta de urologia. Tudo isto embrulhado em diálogos numa análise filosófica sobre o capitalismo, a sua intangibilidade, e qual a real percepção do seu valor. É igualmente uma sátira à facilidade como a sociedade se molda a estes novos padrões de vida e a uma economia que se rege a base de rumores e previsões.

Tudo muito actual, mas que aqui acaba por ser um filme desequilibrado, com bastantes problemas de ritmo, um exercício intelectual sem qualquer empatia por quem está a ver o filme. Cosmos que David Cronemberg criou para si mesmo, um objecto fechado, onde tanto a personagem principal como os segundários que entram esporadicamente para dar o ar da sua graça, tem tanto carisma como uma folha de papel sem conteúdo. 

Talvez esse fosse o intuito do filme, aproveitar a alavanca promocional que Robert Pattinson daria ao filme, para dar algum buzz ao projecto, criar imensas expectativas e aproveitar o star power do actor como manobra de marketing para a adaptação do romance de Don delitto. Pode-se dizer que neste caso, a montanha pariu um rato... Quem vir o filme perceberá a analogia.





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