quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Silver Linings Playbook (2012)


de David O. Russel
Bradley Cooper
Jennifer Lawrence
Robert De Niro
Jacki Weaver
Chris Tucker

Sinopse : Pat Solatano (Bradley Cooper) regressa a casa dos pais (Robert De Niro e Jacki Weaver) depois ter estado numa instituição  por agressão violenta ao amante da mulher. Regressa convicto a reconquistar a mulher e a mudar toda a sua postura perante a vida. Quando conhece Tiffany (Jennifer Lawrence) esta oferece-se para o ajudar, se ele porventura também fizer algo por ela....

De vez em quando surge um filme que conquista por inteiro o publico e a atinge a aclamação crítica. O ultimo caso mais extravagante foi talvez O fabuloso Destino de Amélie Poulain, que em 2001 trouxe Audrey Tatou e Jean Pierre Jeunet nas bocas do mundo e fez as delicias de todos os cinéfilos e alguns corações de manteiga. Agora o próximo crowdpleaser minimamente equiparável é este Silver Linings Playbook de David O. Russel. O filme apesar de ter tido 3 uma estreia limitada, foi sempre conquistando publico e a prova é que 3 meses depois da sua estreia nos EUA ainda continua nos lugares cimeiros do box-office.

Entende-se o porquê : Apesar da formula ser convencional e a narrativa não ser original, estamos perante um projecto onde todos os ingredientes funcionam. Do argumento, aos actores, passando pela realização está tudo executado de forma eximia e raramente vemos uma comédia romântica tão eficaz. Bradley Cooper e Jennifer Lawrence tem aqui excelentes interpretações e uma química estrondosa entre os dois. Estão acompanhados por um elenco de secundários que também não desilude, aliás Robert De Niro volta aos papéis relevantes depois de uma travessia no deserto e é sempre bom ver o regresso Chris Tucker sem aquele overacting que infelizmente é a sua imagem de marca.

Todos encontram-se em consonância, porque o argumento tem alguma substância. Entre o protagonista bipolar dependente de medicamentos à viúva ninfomaníaca há uma relativização que permite ao comum dos mortais empatizar com aquelas personagens. As comédias românticas não precisam de ser perfeitas, as personagens não o são, as suas acções também não e é no assumir dessa imperfeição que o argumento é engenhoso e dá lugar a situações tanto comoventes como verdadeiramente dignas de uma screwball comedy.

Provavelmente será a melhor comédia romântica do ano e seguramente dos últimos anos. Preparem-se para sair do filme com um sorriso de orelha a orelha.

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