de Christophe Honoré
Ludivigne Sagnier
Catherine Deneuve
Raivoje Bukvic
Chiara Mastroianni
Louis Garrel
Milos Forman
Uma odisseia musical da relação entre mãe e filha e as suas relações com os homens da sua vida. O filme começa com a personagem de Madeleine ( Ludivigne Sagnier/ Catherine Deneuve) a conhecer Jaromil Passer ( Radivoje Bukvic/ Milos Forman). Ela é uma consumista, ambiciosa por conhecer um homem que a sustente até que conhece Jaromil um médico checo de passagem por França. Casam-se e tem uma filha Vera (Clara Coste/Chiara Mastroianni).
A vida como casal será breve, uma vez que Jaromil é incapaz de ser fiel a Madeleine. Em plena Primavera de Praga, Madeleine volta para Paris com Vera, refaz a vida e casa-se novamente, mas só com as investidas de Jaromil é que se sente completa.
As investidas e os encontros vão se sucedendo, o tempo vai passando e Vera vai ganhando protagonismo, dando origem a mais um arco narrativo. Neste encontram-se Vera ( Chiara Mastroianni), Clement( Louis Garrel) e Henderson (Paul Schneider). Aqui é o tipico triãngulo Clement gosta da sua ex-namorada Vera que por sua vez se apaixona por Henderson, um baterista gay seropositvo
Considero que é neste arco que está a principal falha do filme. Existe aqui um certo maniqueismo do realizador em querer colocar as personagens em situações limite e subjuga-las a isso. Vera, vive um amor proíbido, de certa forma correspondido, mas considero que as pretensões que levam â sua autodestruição são erradas ou usadas propositadamente para fins melodramáticos. Coloca-los em acontecimentos chave da nossa sociedade também parece-me uma forçada contextualização.
Sempre vi Chistophe Honoré um realizador influenciado por Ozon na forma como usa as cores, o seu estilo visual, mas considero que os filmes de Honoré sejam de uma forma geral mais figuras de estilo que propriamente obras que respirem cinema e personagens. Confesso que gostei mais deste Les Bien Aimés que Les Chansons d'amour, existe aqui uma farsa encantadora mais bem estruturada que nos outros filmes, dando piscadelas de olhos a Homme au Bain com a personagem de Omar num cameo.
Injustamente maltratado pela nossa imprensa portuguesa, Les bien Aimés tem muitos pontos a seu favor. Os numeros musicais desta nova colaboração com Alex Beaupain dando coesão à narrativa, mas ainda não é a obra pela qual Honoré vai ser relembrado, mas andou lá perto não fossem as pequenas falhas.
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